As partes de mim: como lidar com a insegurança e a vergonha

Por vezes nossa mente pode limitar nossa expansão. Apegada ao conhecido e aos padrões estabelecidos, tenta nos proteger de não encontrar. É a crença em si mesmo de que você agrega valor a humanidade, independentemente do seu nível social, intelectual ou status.

"Quando você se ama e aprende a reconhecer e dominar suas verdadeiras emoções, então e só então, você é livre", dizia o palestrante Sean Stephenson. Formado em ciências políticas, tornou-se terapeuta e escritor para ajudar as pessoas que chegavam até ele em busca de apoio pessoal. Sean nasceu com osteogênese imperfeita, uma doença que afeta os ossos, e por isso foi desacreditado na maternidade. Superando as expectativas, viveu até os 40 anos e dedicou-se a atuar na autoestima e insegurança das pessoas.

Estas são as três lições que ele compartilhou em seu TEDx, gravado em 2014:


Lição 1: Nunca acredite em uma previsão que coloca você para baixo.

Você será muito rotulado em sua vida, receberá muitas informações diferentes, ouça só o que lhe fortalece. Quando você sente pena de você ou de alguém, você paralisa totalmente o seu potencial. Seja especialista em ser você mesmo e faça isso bem.

Lição 2: Você não é sua condição

Nossa única incapacidade é a recusa de se adaptar. Quando não nos sentimos capazes, buscamos aprovações e objetivos externos para provarmos que somos capazes.

Lição 3: A verdadeira prisão está na mente

Todos temos uma mente tagarela. A verdadeira liberdade reside em libertar-se dessa mente e ir direto ao coração. Essa máquina que envia emoções, infinitas possibilidades de escolha para nosso comportamento, para nossa vida e atitudes.

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Como lidar com a vergonha

“A vergonha é, por natureza, reconhecimento”, nos diz o filósofo Sartre. Porém, por trás daquilo que expressamos, há uma série de sombras e de elementos do subconsciente.

A Janela de Johari, ferramenta conceitual criada por Joseph Luft e Harrington Ingham, nos ajuda a compreender que somos muito mais do que vemos que somos. Nossa percepção de nós mesmos e como atuamos na vida tem componentes que percebemos e outros que não.

“O que eu vejo e todos vêem” é a parte de mim que eu percebo e todos percebem, é parte de mim que quero que o outro conheça e reconheça. Por outro lado, “o que eu vejo e ninguém vê” é a própria vergonha. São as partes de mim que não desejo mostrar para o outro e é, também, onde categorizo as minhas vulnerabilidades.

Se você ouviu alguém dizendo “você é assim” ou “você é capaz”, certamente entende o que quer dizer o quadrante “não vejo e todos vêem”. Aqui se expressa a nossa falta de confiança e as inseguranças.

E, por fim, “o que não vejo e ninguém vê” é algo que está dentro de mim, mas completamente submerso. É uma semente cheia de potencial, mas que precisa ser plantada e cultivada para que floresça, bem como espaços ainda não visitados e traumas profundos ainda não tocados que atuam a partir do subconsciente..

Dica de um exercício simples: peça para três pessoas próximas a você para que definam três de suas principais características. É possível que ao ouvir, você se surpreenda com as respostas.

Enxergando e acolhendo sua sombra

Ame sua luz, mas ame também a sua sombra. É preciso ter coragem e vontade para observar tudo que for desconfortável e se perguntar o porquê dessa sensação.

O diálogo interno é uma forma de conversar com sua sombra e aprender com ela. Neste trabalho das sombras, você pode escrever em um diário sobre os elementos mais sombrios da sua natureza, seus medos, suas limitações e seus desconfortos.

Faça-se as perguntas que propomos, registre todas as coisas que surgirem e reflita sobre elas. Ler sobre seus pensamentos e emoções sombrias pode te ajudar a alcançar o equilíbrio necessário na vida, compreendendo os lados escuro e iluminado dentro de você.

Cinco perguntas para conhecê-la:

  1. Como você acha que as pessoas lhe veem?

  2. Qual é a pior emoção que você pode experimentar? Por quê? De onde isso vem?

  3. Que memórias lhe trazem vergonha?

  4. Pelo que você mais gostaria de ser reconhecido?

  5. Quando você está sozinho, como soa a voz do seu eu interior? O que ela lhe diz?

Sua sombra não está aqui para assombrá-lo. Conheça-a, integre-a e ande de mãos dadas com ela.


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