Os oito passos do yoga, segundo Patañjali

Yoga vai muito além das posturas. Neste mês, em celebração ao Dia Internacional do Yoga, preparamos um conteúdo aprofundado sobre os oito passos que compõem o yoga. Segundo Patañjali, sistematizador do yoga clássico, há oito estágios até a expansão da consciência.

Yamas

São os princípios de autocompromisso e autocomando em relação ao meio em que vivemos. São eles:

Ahimsa: O princípio da não violência

Cultivar a paz interior e exterior.

Satya: Viver em verdade

Ser transparente e verdadeiro com o outro e com o mundo.

Asteya: Não roubar

Valorizamos a interconexão e evitamos desejar o que pertence ao outro.

Brahmacarya: Moderação

Utilizar nossa energia com sabedoria e equilíbrio.

Aparigraha: Desapego

Praticar a simplicidade e a gratidão, liberando-nos de excessos materiais e emocionais.

Esses princípios são a base para um compromisso profundo com nossa essência e com o ambiente ao nosso redor. Eles nos guiam rumo a uma vida mais harmoniosa e plena.

Niyamas

São práticas pessoais que nos ajudam a viver com verdade e compromisso. São compostas por:

Shaucha: Pureza

Cultivar a limpeza e a pureza no corpo, mente e ambiente.

Samtosha: Contentamento

Apreciar o momento presente e encontrar satisfação no que temos.

Tapas: Disciplina

Sustentar uma prática constante e encontrar a motivação interna para continuar.

Svadhyaya: Autoestudo

Buscar o autoconhecimento e a reflexão pessoal.

Ishvara Pranidhana: Devoção a algo maior

Entregar-se e confiar em uma força maior que nós.

Escreva agora ou mentalize: “o que te motiva a praticar yoga?” Traga para você essa motivação e reconheça seu compromisso com a prática.

Asanas

As posturas nos ajudam a desenvolver força, flexibilidade e equilíbrio, mas, além disso, elas também são importantes para preparar o corpo para a meditação.

Pranayama


A pergunta pode parecer estranha, mas você já pensou em respirar para descansar? E para sentir mais energia?

A respiração consciente é uma prática que evoluiu ao longo de milhares de anos. O pranayama, técnica yoguica de respiração ou controle intencional da respiração, faz parte do yoga desde suas origens, há mais de 2.000 anos, e há um tempo se estabelece como uma ferramenta que vai além dos tapetinhos.

A respiração controlada e consciente leva a uma maior consciência de nossas emoções e pensamentos, melhora nosso fluxo de energia e pode contribuir para a saúde física e mental. Por isso, respirar de forma consciente é parte do yoga.

Então, por definição, Pranayama (Controle da Respiração) consiste em técnicas de controle da respiração que visam regular, prolongar e direcionar a respiração para aumentar a vitalidade e a clareza mental.


Pratyahara


É o controle dos sentidos, a capacidade de retirar a atenção dos estímulos externos, como sons e movimentos ao seu redor, e direcioná-la para dentro de você.

É um momento de introspecção profunda, onde você se concentra em seu mundo interior, sem ser perturbado pelo ambiente externo, mas ainda mantém a capacidade de responder ao mundo externo quando necessário.


Dharana


É a concentração com atenção e intenção durante o processo meditativo, um dos passos importantes para alcançarmos a meditação profunda.

Imagine que sua mente é um jardim, cheio de pensamentos coloridos e variados, cada um representando uma flor. Uma borboleta representa sua atenção.

Em Dharana, essa borboleta escolhe uma única flor e pousa sobre ela, ignorando todas as outras ao redor. Ela não se distrai com as cores e aromas das outras flores, permanecendo imóvel e concentrada, absorvendo completamente a essência daquela flor escolhida.

Da mesma forma, Dharana é a prática de focar a mente em um único ponto ou objeto, afastando-se das distrações e mantendo a atenção contínua. É um momento de total presença e concentração, onde toda a energia mental se volta para um único propósito, assim como a borboleta se dedica a uma única flor no vasto jardim.


Dhyana


Imagine um rio sereno e constante, que segue seu curso sem interrupções, movendo-se suavemente em direção ao vasto oceano. O rio não para diante dos obstáculos; ele sempre flui.

Assim é Dhyana na prática do Yoga. Depois de alcançar a concentração profunda em Dharana, Dhyana é o estágio em que essa concentração se torna um fluxo ininterrupto de consciência. A mente não salta de um pensamento para outro, mas se mantém estável e contínua, imersa em meditação profunda.

No estado de Dhyana, o praticante se torna como esse rio calmo, fluindo suavemente em direção ao oceano do ser verdadeiro. É um estado de profunda paz e foco, onde a mente está completamente unida ao objeto de meditação.


Samadhi


Samadhi é o momento em que a gota se funde ao oceano.

A gota representa a individualidade, enquanto o oceano simboliza a consciência universal. À medida que a gota cai no oceano, ela perde sua identidade separada e se torna indistinguível do todo. Da mesma forma, em Samadhi, o praticante transcende a noção de eu separado, do ego, e se funde com a Consciência. É onde todas as dualidades desaparecem e a experiência de unidade e plenitude acontecem.

Não existem linhas de chegadas no yoga. Cada nova prática é uma nova experiência.

Embora Samadhi seja o estado de união e transcendência que almejamos, a prática de Yoga nos ensina que a paz e o contentamento podem ser encontrados em cada momento do caminho. Cada meditação, cada asana, cada respiração consciente nos oferecem a oportunidade de experimentar a serenidade interior.


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