Quatro dicas para ser mais aberto à intuição

Já sentiu algo sem saber direito como nomear? A intuição chega acompanhada por uma sensação. Primeiro você sente, depois entende. Ela chega, se manifesta, surge. É uma insurgência do fluxo criativo. De alguma forma, se revela para você uma sabedoria que já é parte do seu eu.

Por outro lado, o pensamento vem de um processo, como uma ideia que se conecta com outra e com mais outra. O pensamento vem do processo linear, enquanto a intuição é o próprio florescimento do fluxo criativo e, por isso, é tão espontânea. 

Como uma tela em branco, a intuição é o meio pelo qual o fluxo criativo se manifesta. Ela nem sempre acontece, mas é um espaço cultivado por você, pelo qual os insights chegam. 

Os insights são momentos de esclarecimento, como um estalo mental que nos ocorre. Em geral, já vêm dentro de um formato, como uma solução para algo. É uma presença clara do que fazer, como fazer. É a intuição conectada com a inteligência.

Ou seja, para ter mais insights, também é necessário cultivar a intuição. Isso ocorre ao expandirmos o nosso campo mental, o que nos possibilita uma abertura de horizontes.

Você tem realizado a escuta sutil da sua intuição? Aqui vão quatro dicas para potencializar sua abertura à intuição:

1- Entenda o campo mental

A mente não é algo puramente racional. O campo perceptivo está conectado com a inteligência lógica racional, assim como a intuitiva e a emocional.


2- Desapegue-se das certezas

Quando ampliamos nosso campo mental, nos permitimos abrir espaço para a nossa intuição. Para isso, é preciso remover as certezas, as fórmulas pré-prontas, tudo aquilo nos condiciona. 

3- Tente buscar outros pontos de vista

Quando ficamos focados em algo, limitamos o campo perceptivo. Para expandir a nossa intuição, precisamos ampliar o olhar e desenvolver a capacidade de contemplação.  Quem contempla tem mais facilidade de acessar o radar interno. 


4 - A intuição é a escuta da sua voz interna 

A intuição é uma sabedoria regente, um espaço mais amplo em você que conhece, sabe, viu, de alguma forma. Podemos trabalhar isso com o corpo, com processos meditativos e através da observação atenta de nossos sentimentos e emoções.
Potencializar sua intuição é como ampliar o diâmetro do seu radar interno. Permita-se sentir essa potência!


Você ouve a voz da sua mente ou a sua voz interna? 

Algumas pessoas falam com si mesmas o dia todo; outras formam imagens mentais vívidas. E há ainda aquelas que têm mentes silenciosas.

Alguns psicólogos e estudiosos da mente acreditam que a voz da mente seja uma parte importante de uma espécie de holofote interno, que ilumina um foco de atenção e ignora os demais. Ela teria evoluído porque é uma maneira eficaz de organizar pensamentos complexos e guiar nossas ações. Um fio que une a mente dispersa.

Contudo, muitas vezes confundimos essa voz da mente com a nossa voz interna. Enquanto a voz da mente expressa percepções, muitas vezes no formato de crenças e padrões estabelecidos, a voz interna é algo profundo, mais intuitivo do que falado. A intuição é como um relâmpago. Não traz discursos prontos.

A voz interna está conectada com as expressões expansivas de sua alma. Não é algo narrado, como uma voz dizendo que deve ser feito. É uma luz que traz as indicações, como um lampejo de esclarecimento.

A voz da mente é uma narrativa, ela encadeia fatos, cria correlações, muitas vezes distorcidas. Por isso, a narrativa mental é um campo fértil para a criação de inseguranças.

Por outro lado, a voz interna nos mostra que há diversas narrativas. Quando pratico a escuta sutil desta voz, entro no campo da dúvida, um ambiente que permite olhar por outras perspectivas e que evita que aferimos coisas que não são reais.

Nossa mente não é feita só de coisas que podemos ver ou nomear. O mistério do que acontece dentro das nossas consciências pode ser desconfortável – mas também a força por trás das coisas mais bonitas que fazemos.

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