Alquimia mental: 8 elementos para reprogramar os pensamentos

Você sabia que é possível fazer alquimias com a sua mente? Publicado pela primeira vez em 1908, o Caibalion, livro baseado nos princípios das Leis Herméticas, mostra-nos que a transmutação de pensamentos e perspectivas é, talvez, uma das mais poderosas ferramentas que podemos acessar.

Por muito tempo, a alquimia foi vista como uma ciência mística que buscava transformar metais não nobres em ouro. É no cerne do seu conceito que ela é aplicável até hoje: transmutação. 

E, aqui, não falamos apenas de matéria, mas também do campo mental. Assim como a água pode ser sólida, líquida ou gasosa, nossa mente também pode mudar de estado. Mas, afinal, como podemos aprender a fazer essas alquimias mentais? Simrat, médica e idealizadora da Medicina da Consciência, explica que nossa natureza é alquímica e que gerar transformações é a nossa potência. 

Toda alquimia mental acontece em presença, auto-observação e aplicação de consciência. Somente assim podemos manipular conscientemente os pensamentos para uma experiência mais genuína. 

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A nossa mente tem uma capacidade infinita. Então, o primeiro passo é descontrairmos a mente, libertando-nos dos nossos vieses de identificação. 

Reprogramar a mente é uma habilidade conquistada e praticável. Essas oito ferramentas que elencamos são úteis para criar uma habilidade interna para fazer essas alquimias dentro de si. 

8 ferramentas para reprogramar os seus pensamentos

1) Desidentificação: observar uma situação a partir de um olhar mais distante permite abrirmos espaços para novos pontos de vista e escolhas.

2) Amplificação do ponto: tente ver a situação a partir das experiências anteriores que você tem, pergunte “como eu faria se eu estivesse no lugar de outra pessoa?” e busque abraçar opiniões diversas.

3) A mudança acontece em graus: em alguns momentos, podemos estar muito tristes ou abalados por um sofrimento profundo. Diante disso, é preciso ter em mente que este grau não é o único existente. Então, devemos avaliar a situação e ver o que está em excesso e como podemos diminuir este grau.

4) Correspondência: Tanto aqui, quanto á. O macro e o micro coexistem e são codependentes. Isso nos coloca em uma posição para reconhecer tanto a humildade quanto a grandiosidade dos nossos momentos.

5)  Ponto cego: buscar o que não está sendo visto da situação permite clarificá-la.

6) Avaliação dos impactos: entendendo que todo fluxo tem refluxo, vemos que todos os nossos pensamentos têm consequências. Qual a consequência de seu pensamento? 

7) Polaridade: se há tristeza, também há alegria. Assim como negativo e positivo coexistem, ajuda olhar para a situação e identificar o seu pólo oposto. 

8) Transformar em valor: reconhecer o aprendizado retroalimenta  o processo de alquimia e a mágica acontece.

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O que os conhecimentos milenares nos ensinam sobre neurociência? 

Os humanos, assim como outros animais, têm a capacidade de se adaptar constantemente a novas situações. A plasticidade do cérebro é a base dessa capacidade, como aponta um artigo, de 2002, publicado na revista científica Nature. O estudo do Instituto de Pesquisa do Cérebro da Universidade de Zurique demonstra que o córtex orbitofrontal, uma região do córtex cerebral que fica atrás dos olhos, é capaz de reprogramar neurônios localizados em áreas sensoriais. Com esse comando, mudamos a orientação do comportamento adaptativo, o que interfere diretamente nos processos de tomada de decisão.

Contudo, centenas de anos antes da neurociência se firmar como uma área de conhecimento, as sabedorias milenares já sabiam a importância e mostravam caminhos para o que chamamos hoje de reprogramação mental. 

Já se sabia que um ser se transforma com o que ele pratica. A prática permite que se entre em contato com as suas sombras e com aquilo que lhe prende. Então, através de um processo de esvaziamento e expansão mental, podemos atingir um aflorar da consciência. 

Para que eu sustente, assuma e integre a transformação, é necessário consistência na experiência e na prática. O simples fato de começar um novo hábito já conta para o processo de reprogramação, mas ele ganha substância a partir da constância. É assim que aprendemos a viver com mais plenitude, nos afastando de hábitos danosos para nosso corpo e nossa mente. 

Ao longo da história, diversas linhas de conhecimento abordaram esses aspectos da mente humana. Foi o caso da psicanálise, quando desvendou o subconsciente. Depois, a neurociência explorou novos olhares sobre como o funcionamento do cérebro contribui para entender o comportamento humano. 

Com amor, 

Medicina da Consciência 

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