Medo: cinco práticas para ter mais confiança diante das incertezas
O medo mora na mente. Então, como podemos deixá-lo se ele está sempre conosco?
O MEDO é a paralisia que me sustenta na INÉRCIA. A CORAGEM é a força que me faz atravessar o medo, aprender com ele e seguir a CAMINHAR.
Para encontrar coragem, reconhecemos o medo. Somente assim podemos observar suas manifestações, sem se identificar com suas paralisias, e atravessá-las.
Ser corajoso é CAMINHAR com presença para se conectar profundamente com o que está dentro de você e também com seu entorno. É poder se perguntar a cada dia como você se sente e desenvolver uma autoescuta sensível e compassiva.
O medo sempre estará lá, não deve estar à frente, tampouco podemos deixá-lo para trás. Ele deve caminhar ao nosso lado. Estando lado a lado, podemos ver, com consciência e presença, o rosto do medo. Aos poucos, nossa força permite darmos o primeiro passo, depois outro, e outro… Assim, deixamos de viver o medo e passamos a vivenciar a vida.
Vivendo entre o medo e o amor
A vida é uma dança, um balançar incessante do pêndulo da existência. Em um extremo, encontramos o amor — uma força expansiva, acolhedora e transformadora. No outro, o medo — uma força que contrai, protege e, muitas vezes, paralisa. Este movimento entre amor e medo define nossas experiências, escolhas e o caminho que trilhamos.
O amor é a essência de nossa humanidade. É a energia que nos conecta, que nos inspira a criar, a compartilhar e a viver com propósito. Quando estamos ancorados no amor, o amor nos abre para o mundo, nos permite ver a beleza nas pequenas coisas e encontrar significado nas adversidades.
Por outro lado, o medo é uma resposta instintiva, uma tentativa de nos proteger do desconhecido, da dor e da perda. O medo pode ser útil, alertando-nos para perigos reais e nos ajudando a evitar situações prejudiciais. No entanto, quando o medo se torna dominante, ele nos impede de crescer, de ver novas possibilidades e de viver plenamente.
O pêndulo da existência nos faz oscilar constantemente entre esses dois polos. Reconhecer essa oscilação é o primeiro passo para encontrar equilíbrio. A vida não é feita apenas de amor ou apenas de medo; é a integração dos dois que nos torna completos. O medo pode nos ensinar a ser cautelosos e a valorizar a segurança, enquanto o amor nos mostra o caminho para a expansão e a liberdade.
Que possamos dançar com o pêndulo da existência, abraçando tanto o amor quanto o medo, permitindo que ambos nos ensinem e nos fortaleçam.
Onde você está colocando seu medo?
Todos nós sentimos medo. Mas a diferença está em onde você coloca ele.
Se o medo está atrás de você, ele fica escondido, controlando seus movimentos sem que você perceba, podendo crescer e afetar grandes escolhas, te desviando do caminho.
Se o medo está na sua frente, ele te paralisa. Você até sabe que ele está lá, mas ainda não aprendeu a lidar com ele. O medo fica entre você e seus passos.
Agora, se você coloca o medo ao seu lado, conversa com ele, entende como ele aparece, como cresce e também como pode ir embora, você consegue seguir em frente e continuar sua jornada. Assim, o medo te ensina a dar passos livres. A questão não é sentir medo, mas sim deixar que ele te controle.
Cinco passos podem ajudá-lo(a) a lidar com o medo:
1 - Reconheça os sinais do medo
Analise o que você está sentindo (como palpitação, sensação de falta de ar, inquietação, angústia, ansiedade) e realize algumas respirações profundas para acalmar o corpo e a mente.
2- Investigue: há motivo para se sentir ameaçado(a)?
Questionar-se ajuda a inibir os efeitos da tensão. Pergunte-se: isso é real? Eu estou antecipando as consequências? Como posso resolver isso?
3- Vulnerabilize-se
O objetivo não é tentar encarar de uma só vez o pior dos seus medos, mas encontrar maneiras de, pouco a pouco, lidar com aquilo que parecia ameaçador.
4- Reconstrua conexões
Fazer novas “programações mentais” relacionadas ao trauma é essencial para superar as marcas, seja através de terapia, meditação, expressando-se por meio da arte, entre outras maneiras.
5- Reconheça e seja grato(a) pelos momentos bons
Lembrar-se e até escrever sobre seus aprendizados, suas conquistas, suas celebrações e os momentos em que se sentiu bem no seu dia, ajuda a conservar as memórias positivas.
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