Empresas e lideranças regenerativas: como ser mais empático e humano no mundo corporativo?

Precisamos ir além da sustentabilidade e visar um impacto regenerativo nos sistemas em que participamos. Com base na ecologia, na psicologia e em práticas colaborativas, o movimento por empresas regenerativas usa o ecossistema como professor e guia, no lugar de impor tecno-correções feitas pelo homem.

Em vez de se concentrar no progresso material, os líderes regenerativos devem transformar o DNA de suas organizações. Em nível operacional, isso significa deixar de focar na ideia da empresa como uma máquina que pode ser medida e controlada, reconhecendo que ela faz parte de uma teia interconectada de relacionamentos, recursos e materiais. 

Podemos aprender com a inteligência da natureza para redesenhar culturas e sociedades prósperas. Ao estudar biomimética, economia circular, sabedorias indígenas, aprendemos sobre diferentes maneiras de se ver a natureza. As organizações precisam reconhecer que o planeta é cíclico, assim como o corpo humano e a vida em geral.

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Não basta apenas prestar atenção às mudanças nos ciclos sazonais quando olhamos pela janela do escritório. Precisamos cultivar a curiosidade e o interesse em nossos próprios ritmos emocionais internos.

Nesse processo, ao explorar a psicologia do desenvolvimento adulto, podemos perceber como nossas próprias sombras e nossos próprios pontos cegos são um dos principais elementos que nos atrapalham quando se trata de fazer a transição para um mundo próspero e mais regenerativo. Como explica Simrat - Dra. Carol Presotto, médica idealizadora da Medicina da Consciência, o despertar da autoconsciência é o primeiro passo para mergulhar no autoconhecimento. 

“É preciso ter coragem para olhar para dentro. Reconhecer as suas sombras, as dores, os medos, as crenças. E se reconhecer como ser autorresponsável. Você não pode mudar o outro, mas é responsável por aquilo que sente e tem liberdade para escolher o que fazer com a sua realidade”, afirma Simrat. Ela ilustra esse processo comparando-o com a produção de pérolas pelas ostras: “os pontos de mais dor e desafio guardam pérolas preciosas. Podemos usar essa experiência para mostrar para nós mesmos e para o outro como é possível se transformar, como podemos inspirar pessoas a darem a volta por cima. Podemos ser a própria mudança que queremos ver”, destaca.

As organizações tradicionais podem ter uma atmosfera tóxica e competitiva limítrofe, onde todos lutam para serem vistos, ouvidos e celebrados. Quando você olha para esse comportamento através das lentes da psicologia, percebe que somos todos crianças pequenas e feridas que só querem ser vistas, ouvidas e celebradas. 

O caminho de autoconhecimento é também um encontro com a verdade. “O autoconhecimento permite nos libertarmos dos julgamentos externos e internos, dos medos, das emoções, das crenças limitantes. Silenciar os ruídos externos e internos. E aprimorar a escuta profunda: a autoescuta”, indica Simrat.

Para ajudar os líderes a conhecerem suas ferramentas internas de autoescuta, equilíbrio e autocura, a Medicina da Consciência desenvolveu uma metodologia própria e sistêmica. Nossos tratamentos, vivências e processos de cura são mergulhos personalizados para cuidar do bem mais valioso de cada empresa: o ser humano. 

O que é um líder regenerativo e empático?

Uma liderança regenerativa é aquela que percebe a organização como um organismo vivo, aprendendo a confiar na inteligência emocional, somática, intuitiva. Assim podemos experienciar a organização como um sistema respirante, que está em constante mudança. 

O líder deve ser o principal facilitador do ecossistema, tendo as habilidades emocionais para sentir e detectar atritos. É, também, alguém capaz de libertar a organização de hierarquias rígidas e estruturas organizacionais que bloqueiam o potencial e suprimem a criatividade e a inovação. 

O papel do líder é garantir a vitalidade do sistema, não ser o principal controlador de tudo. Isso envolve mudar a cultura, criar espaços seguros para que seus funcionários sejam vistos e ouvidos plenamente, aprender a dar feedback respeitosamente, usar comunicação não violenta, escutar profundamente e falar com o coração, em vez de apenas “operar racionalmente”. 

Uma das coisas que os líderes da nova era estão sendo solicitados a fazer é sentar-se com o desconfortável desconhecido e aprender. Reconhecer que não cabe a eles ter todas as respostas, mas sim manter espaço para que as soluções possam emergir. 

Muitos líderes empregam funcionários com a mesma formação que eles, porque é mais seguro contratar pessoas que se parecem com você. Diante disso, basta olharmos para a natureza para vermos como a diversidade é necessária para prosperar. 

A diversidade nas organizações pode trazer atrito, pois diferentes experiências de vida significam opiniões diferentes, mas se aprendermos a descompactar isso com compaixão, muita sabedoria e inovação podem ser desencadeadas.

É uma longa jornada, pois não pode ser feita apenas por um indivíduo ou uma empresa. Nosso desafio e nosso potencial latente é nos libertarmos da mentalidade de escassez e competição e entrarmos na co-criação de um futuro de abundância colaborativa para toda a humanidade. Curamos o mundo com um coração, uma empresa, uma região de cada vez.

Com amor,⠀

Medicina da Consciência


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