Como lidar com os pensamentos ruminantes?

Quando sustentamos um pensamento, nos identificamos com ele. Isso pode gerar um ciclo de padrões aprisionadores, como achar que não é merecedor de algo ou que ninguém gosta de você. Ao se identificar, você amplifica aquele pensamento e passa a sentir aquilo, entremeado por emoções. Seu corpo passa a liberar hormônios relacionados, que interferem na sua forma de sentir e agir.

Os pensamentos ruminantes nem sempre podem ser deletados, mas é possível reconhecê-los e conviver com eles. Alguns passos importantes neste processo são a meditação, escutar e entoar mantras, ouvir música, desenhar ou dar vazão a algum processo criativo. Essas ferramentas permitem um olhar amplificado, uma forma de identificar os padrões mentais e se soltar dessa identificação que a sua mente gerou.

Para isso, é preciso constante autodisciplina e autocompromisso. Não se trata de um processo rígido. A disciplina tem a flexibilidade de uma flor. Ela não é rígida; ela é um florescimento interno. É um reconhecimento da força da sua alma. Você tem escutado o que os seus pensamentos lhe dizem?

 Como lidar com os pensamentos ruminantes? 

Conhecidos como "impressão mental", do sânscrito samskaras, os pensamentos ruminantes são padrões repetitivos. Também englobam hábitos como procrastinação, autossabotagem, vitimização e pensamentos como “por que isso acontece comigo?”.

É preciso estar atento a esses pensamentos, pois eles se tornam solo fértil para a criação de hábitos que lhe aprisionam e limitam, impactando na construção de sua atitude.

O primeiro passo para quebrar o padrão é reconhecer a existência do pensamento ruminante. Ao reconhecer, é preciso ver que experienciar um pensamento ruminante não significa que eu sou ele.

A terceira etapa é encontrar uma ferramenta que sustente a presença de que eu não sou ele. A ideia não é fugir do pensamento. É identificar, aceitar e abraçá-lo, mas não se reconhecer sendo ele.

Buscamos esse espaço de consciência em que se discerne o pensamento, e lhe deixa de lado. Ele está presente, mas não dentro de mim.

Mas e a procrastinação?

Procrastinação é uma rota de fuga da mente para lidar com o controle e o perfeccionismo. Ao contrário da preguiça, há a intenção de realizar as tarefas necessárias, mas algo o impede de concluí-las.

Esse algo pode estar ligado à ansiedade, insegurança, medo de se frustrar ou desejo de manter tudo sob controle. Uma mente que quer controlar costuma procrastinar para evitar críticas. Sustenta na procrastinação a inércia do conhecido.

A mente procrastinadora não sabe manejar o tempo. Ela está continuamente colocando-nos em um futuro hipotético em que tudo pode ser resolvido. Assim, você deixa de canalizar a sua energia para o tempo real: o agora.

Para sair deste ciclo vicioso, é preciso reconhecer o que não foi feito e o tempo do “eu queria”. O “eu queria” é um espaço de frustração.

De forma acolhedora, tente entender o porquê não foi possível. Precisamos ter autocuidado e observar as emoções que sentimos, mas é importante reconhecer se o que ocorre é uma tendência ou uma situação ocasional.

Se está reconhecendo a procrastinação como um dos jogos da sua mente, observe quais são as frases que ela traz para você para manter a inércia e quais as emoções que levam você a procrastinar.

Colocar isso num estado de atenção e cuidado permitirá ver com outros olhos. Assim se cria a oportunidade de escolha.

Se uma pedra enorme for difícil de mover, comece pelas menores. Dessa forma, você vai ganhando a sustentabilidade na sua mente de que você é capaz. E aquilo que parecia gigantesco, passa a ficar em seu tamanho real.

Dicas para lidar com a procrastinação

1 - Seja realista com o que precisa cumprir

2 - Reconheça os momentos em que se é mais produtivo

3 - Valorize o que está feito. O sentimento de dever cumprido dá mais motivação para realizar as atividades.

4 - Faça o melhor que puder e respeite o seu processo

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