Como os desequilíbrios emocionais podem elevar o risco de distúrbios físicos

Cada vez mais, a medicina ocidental se dá conta de que mente e corpo formam uma via de mão dupla. Assim como a presença de doenças físicas pode desencadear um estado de ansiedade e angústia nos pacientes, os desequilíbrios emocionais, como a depressão e a Síndrome de Burnout, estão ligados a problemas de saúde físicos. 

Com a pandemia do novo coronavírus, esta situação adquiriu contornos ainda mais evidentes. De acordo com um estudo da Queensland Centre for Mental Health Research, na Austrália, os casos de depressão aumentaram 28% em decorrência da pandemia. A crescente também foi observada nos transtornos de ansiedade, que registraram alta de 26%.

A prática médica costuma separar as doenças físicas das mentais, mas o organismo humano é único, interconectado e interdependente. Isso significa que o que adoece a mente também reflete prejudicialmente por todo o corpo, assim como o inverso. 

Não tratar os desequilíbrios emocionais e, depois, as doenças mentais, pode gerar um aumento significativo do adoecimento físico. Isso acontece porque o corpo humano tende a reagir ao estresse emocional da mesma maneira que reagiria ao estresse físico. O ciclo, então, se repente: a mente padece, o corpo adoece e os reflexos desse estado pioram ainda mais as condições mentais. 

Corpo e mente adoecidos 

Homens e mulheres têm o risco elevado de desenvolver distúrbios físicos e outras incapacidades por conta de distúrbios emocionais. É isso que nos mostra uma pesquisa realizada com 1.204 idosos coreanos. Foi descoberto que a depressão e a ansiedade estão ligadas a doenças cardíacas, asma, problemas de visão, tosse persistente, hipertensão e problemas gastrointestinais.

Além da somatização, a depressão, a ansiedade e o estresse crônico podem desmotivar a prática de atividades físicas regularmente, piorar a qualidade do sono e incentivar o consumo de alimentos não saudáveis, seja por escapismo ou por não sentir ânimo em cozinhar refeições equilibradas. Juntos, esses fatores também culminam em novos problemas de saúde. 

Promover abordagens mais integrativas e sistêmicas para o tratamento, combinando corpo e mente, é o caminho para curar o consciente de forma holística. “Chamamos o paciente de consciente, pois entendemos que lhe cabe um papel ativo no seu processo de tratamento. É preciso assumir a responsabilidade tanto pela sua enfermidade quanto por sua cura”, destaca Simrat, a Dra. Carol Presotto, médica e idealizadora da Medicina da Consciência. 

A Medicina da Consciência defende que a saúde só existe quando há conexão entre o ser humano e as diferentes partes que compõem a unidade do seu sistema harmônico: corpo, mente e alma. Quando algum fio dessa conexão está frouxo ou até mesmo é rompido, a desarmonia aparece e abre-se campo para que a doença se instale. 

As terapias integrativas objetivam ajudar o consciente a desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo em todos os níveis, o que geralmente pode levar a uma melhor autoestima e autoconsciência. Ao mesmo tempo, o papel dos profissionais da saúde é ressignificado e ampliado. “Precisamos reconhecer a humanidade antes do hemograma, e o coração mais do que ondas de um eletrocardiograma. Aqui nos abrimos para uma visão sistêmica do ser e uma abordagem integrativa de conhecimentos”, explica Simrat. 

Com amor,⠀

Medicina da Consciência

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