Gotas de autocura: palavras que abrem caminhos
Neste conteúdo, compartilhamos reflexões de Simrat - Dra. Carol Presotto, idealizadora e presidente do Instituto Medicina da Consciência.
Gotas de Autocura
A bula diz:
💧Indicação: Neste frasco, você recebe gotas para sua autocura. Como você está se comunicando é a frequência vibracional que você está escolhendo viver a sua vida. ⠀
💧Dose recomendada: A cada instante, a cada presença, a cada encontro.⠀
💧Composição: Este frasco de autocura é composto de consciência em palavras, As palavras são formas criativas. A cada palavra, uma criação. O que você está criando quando se comunica? ⠀
💧Como tomar: Use as palavras, com verdade e transparência, reconheça o impacto que elas podem ter para você e para outro. Pratique a auto escuta, reconheça como se sente e se já transparente. Escute o outro e reconheça empaticamente o outro e a partir desta escuta, comunique-se com o Universo de forma clara e consciente, pois a cada instante você está lançando no ar formas criativas e elas estão criando a sua vida. Comunique-se em tempo presente, neste tempo há ação, evite palavras que levam você ao tempo ilusório. Use suas formas criativas com sabedoria, empatia e verdade.
💧Advertências: Essa gota de autocura é indicada para todos.
💧Atenção: Fale com sabedoria e se as palavras sábias faltam, então seja o silêncio, aqui a sabedoria se revela.⠀
Está funcionando? Então aumenta a dose!
O verdadeiro poder do Agora
O instante tem possibilidade infinita. O instante tem possibilidade de eu ser, de transformação, de mudança, de caminhos. O instante é uma oportunidade de escutar sutilmente. Mas, logo vem a nossa mente, cheia de ponderações, e nos pergunta: “você está pronto”?
E essa é uma pergunta que pode nos contrair muito, porque, se olharmos para isso, quem está pronto? Nós somos processo e, se somos processos durante toda a vida, será que existe aqui e agora a possibilidade de nós estarmos prontos?
Talvez o nosso “pronto” seja a nossa despedida dessa manifestação que somos. Nós somos processos, e é importante a gente se habitar nessa presença. Não se trata de estar pronto e sim querer ser, buscar sentir, se revelar para que sejamos, reconhecendo o processo.
Ao invés de nos colocarmos numa proposta “eu quero estar pronto para começar”, “pronto para sentir”, “para mudar”, “para viver”... quem sabe a gente modifique e diga: “eu quero estar aberto, e entregue para o desconhecido, confiante da minha capacidade de superar desafios e encontrar oportunidade e beleza no que universo me reserva”.
Quem sabe me proponho a assumir humildemente o que eu não sei, que possa me sustentar na incerteza e na impermanência de tudo Quem sabe, ao invés de estar pronto, eu deixo meu coração guiar a minha mente nos passos da minha jornada. Quem sabe eu me permita e me abra para cada dia dar o meu melhor, com escolhas conscientes que elevam a mim e a quem está ao meu redor.
Quem sabe eu me proponha a estar plena, não com as posses, mas sim com as inspirações e respirações que sustentam o que sou. Que eu procure ter esperança para ser parte de uma mudança. Quem sabe eu me proponho aqui e agora a simplesmente ser, simplesmente ser, simplesmente ser….
A resistência afasta, a resiliência permite
O que acontece se você abraçar as incertezas e cultivar uma mente que não sabe? Uma mente que não sabe é uma mente aberta para aprender, disposta a avaliar todas as possibilidades e desperta para ver as oportunidades do instante.
Cultivar é nutrir e nutrir é cuidar com amor. Cultivar uma mente que não sabe é dedicar atenção amorosa sobre os pensamentos e praticar percepção expansiva sobre o que está acontecendo, sobre o que está pensando e sobre como está agindo. É uma disponibilidade interna empática de a cada instante se reavaliar e se permitir mudar.
A possibilidade de não sabermos gera desconforto, mas é aqui que o Novo nasce. A partir desta jornada de tantas experiências, reconheço a importância da autopermissão. Estamos o tempo todo resistindo, nos fechando, não deixando entrar. Não nos permitimos sentar na incerteza, porque precisamos de respostas para responder a tantos porquês, comos, ondes, quandos…
Resistimos. Ao resistir, nos separamos. Um grande aprendizado é sermos resilientes mais que resistentes. É descobrimos nossa flexibilidade e adaptabilidade nos momentos desconfortáveis, reconhecermos que podemos abraçar o desconforto, porque o conforto vem de dentro de nós e, assim, aprendermos.
A resistência afasta, a resiliência permite. E ao permitir integramos, aprendemos, revelamos. É reconhecer que a força vem de dentro. Aprender a sentar na incerteza é um espaço revolucionário. Transformações acontecem em você ao habitá-lo. Você descobre que a paz que tanto almeja não está em nenhum lugar, mas em todo lugar no momento em que você está aberto para ela.
Como se sustentar num mundo em desconstrução?