Suas escolhas incluem o que você sente? Um convite para incorporar o sentir antes do pensar
Por séculos, o campo racional foi valorizado e fortalecido, incentivando que tivéssemos um relacionamento com o mundo à nossa volta a partir de uma postura analítica. Damos importância e avaliamos nossas relações, nossos conflitos, nossos problemas, com o que pensamos ao invés do que estamos sentindo.
Enfraquecemos o sentir. Não sabemos mais reconhecer o que estamos sentindo, pois estamos continuamente analisando.
Ao nos desconectarmos do espaço do sentir, também nos desconectamos do reconhecimento do sutil. Buscamos sentido através da mente, mas somente o encontramos quando abrimos nosso coração para sentir.
Experimente trocar: “o que você está pensando?” por “o que você está sentindo?”. As respostas podem ser surpreendentes.
Por que reconhecemos mais o que pensamos do que o que sentimos?
É através do sentir que temos a oportunidade de criar ondas expansivas na nossa jornada de transformação. Pergunte-se: o que eu estou sentindo?
Comece reconhecendo as sensações físicas em você. Depois, vá mais profundo e acesse o que sutilmente essas sensações lhe revelam.
Sustente esse espaço de conexão, escuta e reconhecimento das informações que sua sutileza carrega, pois é a partir dessa relação profunda que você pode gerar modificações sistemáticas que reverberam em você e ao seu redor.
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Emocionário: como podemos definir as emoções?
Como você explicaria para uma criança o que é a culpa? E a euforia? O tempo todo estamos vivenciando alguma emoção, mas muitas vezes não sabemos diferenciá-las.
As emoções são a expressão autêntica de quem você é em sua essência. Porém, nem sempre, não sabemos exatamente o que estamos sentido.
Temos que reconhecer que temos emoções e que essas emoções estão vindo à tona como uma forma de expressar necessidades não atendidas. São um reflexo de como estamos experienciando algo internamente.
É preciso reconhecer que nossas emoções são um canal de sabedoria. Elas não estão aí à toa. As emoções nos trazem uma resposta para o que buscamos, revelando algo que está submerso e ao qual não temos acesso direto.
Quando as emoções vêm como rompante, nem sempre aplicamos consciência sobre o que sentimos. Devemos reconhecer as emoções e ter uma atitude reativa a elas. Quanto mais consciência temos das nossas emoções, mais conseguimos usar a inteligência emocional.
Temos emoções interiorizadas, como a culpa e a tristeza, e emoções externalizadas, como a raiva e irritação.
Às vezes, tentamos entender apenas a manifestação, sem perceber que essa emoção posta para fora é protetora de algo que ocorre internamente. A raiva é um bom exemplo disso. É um sinal de algo que não está sendo atendido em você, e, então, vem a irritação para equilibrar o sistema emocional. Quando olhamos apenas para a raiva, sem observar que há algo não cuidado internamente, seguimos alimentando esse sentimento.
Reprimir as emoções não nos faz bem, pois elas devem ser passageiras. É como um vento que, de alguma forma, move algo. A nomeação das emoções é fundamental para compreendermos o que estamos sentindo, aprendermos com nossos sentimentos e lidarmos de forma consciente com eles.
Quer algumas dicas para expressar melhor suas emoções?
Experimente manifestar suas emoções por meio da arte e da escrita. Pode ser criando um poema, desenvolvendo uma mandala ou até mesmo manuseando argila. Meditar ajuda a prestar atenção aos próprios sentimentos e pensamentos no momento e sem julgamento.
Se sentir que suas emoções são muito opressivas ou que não consegue lidar com elas sozinho, conversar com um terapeuta ou profissional de saúde mental pode ajudar. Eles podem trabalhar com você para desenvolver estratégias para superar o que você pode estar enfrentando.