Ciência e Espiritualidade: o papel da glândula pineal no equilíbrio do sistema corpo-mente

A glândula pineal é uma pequena estrutura glandular localizada no centro do cérebro, entre os dois hemisférios. É considerada uma das glândulas endócrinas mais misteriosas e intrigantes do nosso corpo. Embora seja pequena em tamanho, desempenha um papel fundamental em várias funções fisiológicas e na regulação do ciclo circadiano.

É isso que aponta um levantamento feito pelo Dr. Ashok Sahai, professor da Deemed University, na Índia. 

Entre as principais características da glândula pineal está a produção de melatonina, um hormônio responsável por regular o ritmo circadiano e os padrões de sono-vigília. A melatonina é sintetizada e liberada pela glândula pineal em resposta à escuridão, alcançando níveis máximos durante a noite e diminuindo durante o dia. Essa regulação do ciclo sono-vigília é essencial para a qualidade e regularidade do sono.

A glândula pineal também é sensível à luz. A estimulação da luz do ambiente inibe a produção de melatonina, enquanto a escuridão promove sua liberação. Isso explica por que a exposição excessiva à luz artificial durante a noite, especialmente à luz azul emitida por dispositivos eletrônicos, pode afetar negativamente a qualidade do sono, interferindo na produção de melatonina pela glândula pineal.

Além de sua função na regulação do sono, a glândula pineal também tem sido objeto de interesse em relação à espiritualidade e consciência. Em algumas tradições esotéricas e filosóficas, acredita-se que a pineal seja o centro da intuição e da conexão espiritual. Algumas pessoas a veem como a "terceira visão" ou o "olho da mente", associando-a com a percepção além dos sentidos físicos.

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Glândula Pineal e Sahasrara, o sétimo chakra 

Toda forma de vida tem uma configuração energética para a circulação da vida. A nossa engenharia interna possui centros organizacionais de energia que chamamos de chakras e de forma interdependente e interrelacionada sustentam, qualificam, recebem, expandem, coordenam e integram o fluxo de energia no nosso sistema holístico corpo-mente-alma.

A palavra chakra deriva do sânscrito e significa roda ou círculo em movimento,  temos sete vórtices energéticos principais e cada chakra se relaciona uma glândula e um plexo de nervos, permitindo a integração da nossa essência com a experiência,  traduzindo do campo energético para o corpo/mente e deste para o campo energético.

Cada chakra sustenta um potencial a ser despertado com uma qualidade específica para nossa jornada evolutiva e experiencial humana, que influencia e traz vida a um diferente aspecto do nosso ser, sintonizando-nos a um prisma frequencial para experienciarmos a nós mesmos, as relações entre nós e com o mundo.

Representado pela Glândula Pineal, o sétimo chakra é o centro consciencial que nos integra sistemicamente com o todo.

Sentido: conexão

Localização: topo da cabeça

Motivação: experienciar nossa conexão cósmica, fundir, encontrar um sentido elevado para a vida 

Força: consciência cósmica

Desequilíbrio: identifica-se como um corpo, medo pela desconexão, vazio, apatia, confusão, alienaçåo, dogmas.

Equilíbrio: unidade, entrega e confiança ao universo, conectado em unidade, altitude, guiança.

Meditação para a glândula pineal

Sente- se em postura meditativa. Feche os olhos e sinta o topo da cabeça. Pratique o silêncio, focando na sua respiração lenta e profunda. Visualize um vasto espaço acima de você e sinta-se diluindo neste espaço. Medite por 15 respirações lentas e profundas. Para finalizar sinta o seu corpo, seus braços e pernas por mais 5 respirações. 

Foco interno na glândula pineal

A palavra "Dristi", em sânscrito, significa "visão". É uma técnica utilizada para desenvolver uma concentração intencional e pode ser aplicada durante a prática de posturas de yoga (ásanas) e meditação, auxiliando na concentração e no direcionamento de uma energia específica. Ao ativar o nervo óptico, as glândulas hipófise e pineal, e outras partes do sistema nervoso central, o foco do olhar proporciona uma imersão mais profunda, além de trazer resultados mais efetivos na meditação, como clareza mental, concentração e serenidade.

Ao direcionar o foco para o topo da cabeça, também conhecido como Sahasrara Dhisti, é estimulada a abertura do portal de conexão, ativando também a glândula pineal. Para praticar essa técnica, com os olhos fechados e as pálpebras relaxadas, gire os olhos para cima e sinta a região do topo da cabeça.

O termômetro infravermelho não causa dano à glândula pineal


O termômetro infravermelho foi amplamente utilizado durante a pandemia do coronavírus como uma medida de triagem de temperatura em locais públicos e estabelecimentos comerciais. No entanto, surgiram preocupações infundadas nas redes sociais de que esse dispositivo poderia causar danos à glândula pineal.

De acordo com a pesquisa do Dr. Ashok Sahai e também segundo com outros cientistas, o termômetro infravermelho não tem a capacidade de causar prejuízo à glândula pineal. Essa glândula, que faz parte do sistema endócrino, está protegida por estruturas de tecido e osso. Os termômetros infravermelhos são projetados para captar a temperatura da superfície da pele, sem emitir qualquer tipo de radiação que possa atingir o cérebro.

Alguns modelos de termômetros infravermelhos possuem miras a laser, mas é importante ressaltar que essas miras não fazem parte do processo de leitura da temperatura. Elas são apenas uma referência visual para que o operador saiba onde o sensor do dispositivo está apontado. O laser utilizado nessas miras não possui potência suficiente para penetrar na pele ou causar efeitos adversos no cérebro ou em outros órgãos.

  • Este conteúdo conta com a curadoria de Juliana Reis Cortines, Doutora em Química Biológica na UFRJ

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