Como lidar com o luto?
Às vezes, sentimos dor. Às vezes, raiva. Às vezes, tristeza. Quando perdemos alguém querido, a saudade é uma nova forma de amar.
Vivenciar o luto não significa estar alheio ao aqui e agora, acorrentado às lembranças. O luto nos reforça a importância de reconhecermos este momento, lidarmos com as próprias emoções, equalizando e elaborando o que está acontecendo.
Não queira afastar a saudade, permita que ela seja parte nesse momento. É nesse espaço que temos a oportunidade de vir para dentro, olhar, ressignificar e integrar.
Veja o luto como um tempo-espaço que você abre para que possa trabalhar essa relação, para que se integre de forma harmoniosa na sua vida. Ao colocar amor na forma em que lida com os processos de raiva, dor e culpa, a saudade se transforma em um encontro.
Para você, a morte é uma parede ou uma porta?
Não sabemos sobre o que acontece depois da vida, mas muitos se enganam se acham que a morte vem depois da vida. Na verdade, a morte nasce com a vida, chegam juntas e vão-se unidas. São polaridades inseparáveis: uma está apoiando a outra na Experiência.
A vida ensina à morte a cor, o sabor; a dor e a morte ensinam à vida o tempo e o espaço.
A morte explica à vida a sua sacralidade; a vida mostra à morte a sua inexplicabilidade.
A vida ensina à morte a respirar; a morte ensina à vida a silenciar.
A vida ensina à morte as mudanças; a morte ensina à vida a constância.
Quando a nossa vida faz as pazes com nossa morte, o que fica? A oportunidade de viver e morrer em paz.
A morte é nossa secreta professora, sempre ao lado, ensinando, a cada instante, de forma incansável, o quão bela, divina e passageira é a vida.
Inumeráveis são as vidas daqueles que passam pela porta neste momento a serviço do nosso coletivo. Que em gratidão aceitemos o convite para ressignificarmos nossas vidas em nome de nós e em nome de Todos. Que honremos sua ida, valorizando e nos transformando. Que façamos jus da polaridade que nos habita. Reverenciando a vida, reverenciando a morte, dando valor ao que tem valor, reconhecendo que nossa maior vulnerabilidade, a morte, é que abre nossos olhos e coração para a Vida. Sejamos revolucionários vitais, por uma vida de mais amor, compaixão, paz e harmonia.
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