Vibrando o Som do Infinito Criativo: meditação para ativar a capacidade de escuta intuitiva
Este texto é sobre espiritualidade, livre de dogmas e crenças, e sobre o reconhecimento da expansividade de quem somos. Como sustentar essa expansividade que nos define? Conectando-nos, praticando e abrindo espaço para essa experiência.
O Despertar é uma oportunidade de autoestudo. Muitas vezes, associamos o estudo à busca por conhecimento externo, como se tudo estivesse fora de nós. No entanto, o autoestudo proposto pelo Despertar é um mergulho interno, uma jornada de desbravamento. É um acesso ao que trazemos em nossa essência.
Vamos abrir espaço para estar de mente aberta, permitindo que acessemos quem realmente somos. Colocar um ponto de interrogação na vida não significa buscar respostas imediatas ou soluções rápidas. É permitir que esse questionamento exista em você. É saborear o processo, estando presente e receptivo.
Muitos já ouviram falar sobre Maia. Maia é a realidade que vivemos — uma realidade criada. Quando compreendemos que somos seres espirituais manifestando algo, percebemos que essa manifestação criativa é Maia. Para alguns, Maia é uma ilusão. Ela é chamada de realidade ilusória porque, ao entender que somos alma e consciência, reconhecemos que vivemos uma criação transitória. Mas qual é a única realidade permanente? A alma.
Ainda assim, como almas, escolhemos viver em Maia, essa experiência criativa. Estamos aqui para isso.
Falar de espiritualidade não é se afastar de Maia, mas viver Maia intensamente, a partir da consciência. A questão é: "Eu sei que estou em Maia?" É como estar em um jogo. Se não estivermos conscientes, o jogo acontece conosco. Mas, quando despertamos, nos autodescobrimos e entendemos como Maia opera em nós — e como nós operamos em Maia —, assumimos o papel de jogadores conscientes. Assim, a realidade criativa passa a nos servir, e nós passamos a servir ao todo, porque a alma e o todo são uno.
No budismo, há outro conceito importante: Upaya. Enquanto Maia é a realidade criada, Upaya é a capacidade de transitar em Maia com consciência. Upaya nos ensina a acessar essa realidade de forma criativa e estratégica, permitindo expandir nossas experiências.
Se Maia é um quadrado — limitado e fixo —, Upaya é a diagonal que corta o quadrado, criando espaço para expansão e novas possibilidades. É na diagonal que encontramos a espiral, o movimento que nos permite crescer e transcender.
Nosso convite é: faça as pazes com Maia. Estamos aqui para vivê-la. É por meio dela que acessamos nossa potência, que nos conectamos com o divino. A união acontece em Maia.
Reconheça que você tem Upaya. Você tem a capacidade de acessar sua consciência criativa e desbravar Maia a partir da sua alma. Você pode ser divino e sagrado dentro de Maia e, a partir dessa comunhão, expandir a si mesmo e aqueles ao seu redor.
Esse é o convite: acessar suas linhas diagonais. Encontre formas, estratégias e experiências que permitam transitar pelas áreas bloqueadas de sua jornada. Espirale pela vida!
Lembre-se: um quadrado não gera espirais, mas a linha diagonal pode transformá-lo. Ela abre espaço para o triangular, para o espiral, para a expansão. Sempre há a possibilidade da linha diagonal.
Meditação Vibrando o Som do Infinito Criativo
Somos o silêncio que se manifesta em som. Através do som, conectamos-nos ao silêncio. Nesta meditação, iremos através do som do Infinito Criativo – Har – reconhecer que somos vibração e experienciar o silêncio interno. É uma meditação que ativa nossa capacidade de escuta intuitiva. O texto “Meu Big Bang”, lido no final da meditação, é de autoria de Simrat.
“O Meu Big Bang
Meditando no Som
No meu próprio Big-Bang
Me Encontrei
Entrei dentro de mim mesma,
Me Condensei
Tomada por uma força infinita
Me Explodi
Em estrelas prânicas e
constelações atômicas
Me transformei
Por um grande sol no peito
Me iluminei
Minhas órbitas quânticas se conectavam
às órbitas do todo ao meu redor
Não existia mais
Era todo o Universo
Nessa experiência
Me Universalizei.
”